sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

TENHO SEDE...

Tenho sede...
(Foto Victor Melo)


E toda a água do mundo não mata minha sede.


Ouço um chamado.


Como ecos na escuridão, não sei de onde vem.


O coração silencia, sobrevivo amorfa.


Através do espelho vejo teus olhos que me olham.


No limiar entre o sonho e a realidade, teus abraços me envolvem.


E satisfaço minha sede com brumas,
atendo ao chamado na penumbra,
me aqueço no calor do teu corpo ausente,
beijo incansavelmente meu próprio desejo.


Rose Chiossi

2 comentários:

Malu disse...

Delidiosamente lírico esse poema. De uma grandeza absurda. Boa fase de construção... Amei! Amote, Primma Dona.

Malu disse...

*Deliciosamente