Tenho sede...
E toda a água do mundo não mata minha sede.
Ouço um chamado.
Como ecos na escuridão, não sei de onde vem.
O coração silencia, sobrevivo amorfa.
Através do espelho vejo teus olhos que me olham.
No limiar entre o sonho e a realidade, teus abraços me envolvem.
E satisfaço minha sede com brumas,
atendo ao chamado na penumbra,
me aqueço no calor do teu corpo ausente,
beijo incansavelmente meu próprio desejo.
Rose Chiossi
2 comentários:
Delidiosamente lírico esse poema. De uma grandeza absurda. Boa fase de construção... Amei! Amote, Primma Dona.
*Deliciosamente
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