Muda
(Foto A. Brito)
A pele surrada
pela fuligem do caminho,
soltou-se aos poucos
do apego humano
à carne que continha...
E fiquei assim,
por dias, carne viva,
à flor de minhas culpas.
O sal, do mar, de mim,
em sua inerente assepsia,
permitiu-me a muda
e enfim, recobri-me:
Nova!
Malu Sant'Anna
Lancei à força plena
o corpo cansado
contra os rochedos
cobertos de cracas.
o corpo cansado
contra os rochedos
cobertos de cracas.
A pele surrada
pela fuligem do caminho,
soltou-se aos poucos
do apego humano
à carne que continha...
E fiquei assim,
por dias, carne viva,
à flor de minhas culpas.
O sal, do mar, de mim,
em sua inerente assepsia,
permitiu-me a muda
e enfim, recobri-me:
Nova!
Malu Sant'Anna
Um comentário:
Sempre aprendo algo de novo com teus poemas, sempre me acrescenta...seria talvez porque vc se doa neles, não é?
love you mestra
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