Os caminhos, as trilhas que percorremos na vida nos dão oportunidades...
Apresentam-nos encantos. E dentre esses quesitos nos oferecidos a titulo de escolha sempre optei por admirar e me encantar com a essência do ser humano. Com a beleza de sua alma.
Um amigo me postou em um comentário de um texto aqui no blog, a seguinte frase:
“Gosto do simples, é mais verdadeiro.”
Essa frase tem um significado absurdo quando se fala de alma, de essência.
Sim! O simples é verdadeiro.
Nessas oportunidades que encontramos pelos caminhos me encantei com uma alma, de uma essência linda. Comecei a compreender e cheguei às essências e aos extratos. Era como se fosse a última mão de tinta de uma obra de arte... Uma tinta forte que não saía. Era linda, tinta simples, e sua química natural.
Usei lixa fina, muito fina e delicada nessa minha obra de arte... Era a alma perfeita que habitara ali. Chegamos a questionar será que existe? Havia dúvidas. A perfeição era grande.
A sintonia era fina.
Mas eu estava encantada com o perfume que essa alma exalava...
E ela encantada pelo frasco.
Entristeci-me havia errado no meu frasco. Mas me alegrei afinal o mais importante tinha apresentado, tinha doado a minha essência, o meu verdadeiro perfume. Meus sonhos, meus desejos... Pura e verdadeiramente numa entrega íntegra...
Mas não foi só a tristeza daquele dia... A decepção tomou conta de mim no momento em que percebi que foi ao contrário. O frasco que me apresentaram tinha conteúdo falsificado... A Alma que conheci não tinha a essência, nem cheiro que me parecia.
Era uma alma de conteúdo desconhecido, que se juntou a um exército para julgar o frasco... A casca. Casca essa, que surgiu de uma brincadeira com o próprio exército no passado. Veja isso!
E tudo se tornou de difícil compreensão. Valorizei o conteúdo do frasco. Valorizei a essência do ser. Ser Humano.
E como atingir esse frasco? Como atingir essa imagem que me apresentaram?
Impossível.
Não causo ferida na carne!
Essa alma é apenas um frasco não original para o perfume que pensei ter conhecido, ter sentido o cheiro. A imagem que conheci é casca e quanto a isso não se pode fazer nada... Pois me apresentaram um frasco original, porém, de perfume falsificado.
Eu? Eu apresentei um frasco falsificado, mas de perfume original...
Bastava abrir, sentir o cheiro.
A originalidade está na essência da alma que "ele" conheceu.
Às vezes me pego pensando nesse frasco... E não vejo o conteúdo, o perfume. Ele está vazio.
Fico a admirar a verdadeira essência, o verdadeiro perfume, que podem estar em falsos frascos.
O bom conhecedor de alma, de essência, conhece e aproveita a oportunidade que a vida lhe oferece. Ou lhe ofereceu!
O Conteúdo que pensei ter conhecido, o perfume que pensei ter sentido o cheiro, evaporou assim que o frasco falsificado foi aberto para que ele pudesse sentir o verdadeiro perfume da alma que já então conhecia.
O perfume, a essência da alma que conheci é falsificada, e de nada me serve o frasco original...
O perfume não tem qualidade...
Não tem duração...
Quando se trata de uma falsificação.
Gleidi Campos